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Bancos ganham estímulo para financiar mais de 80% do valor do imóvel

Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou norma que reduz necessidade de "garantia", conhecida como requerimento de capital, em algumas linhas de crédito imobiliárioRegras não valem para Caixa Econômica, que concentra 70% do crédito imobiliário brasileiro(Thinkstock/VEJA)Os bancos brasileiros ganharam um incentivo para financiar mais de 80% do valor do imóvel. Isso porque o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, nesta quinta-feira, uma norma que reduz a "reserva" que o banco precisa ter para cada financiamento liberado, um instrumento conhecido como "requerimento de capital".Atualmente, nos empréstimos em que no ato da contratação há financiamento de até 80%, o banco precisa ter 35% do valor financiado como garantia - ou requerimento de capital. Quando o montante emprestado é superior a 80%, o requerimento de capital é de 75% a 100% por todo o período do financiamento.Com a nova norma, o CMN permite que o requerimento de capital caia para 35% quando o saldo devedor for igual ou menor a 80% do valor do empréstimo no ato da contratação. De acordo com o Banco Central, a ideia é que o tratamento seja simétrico em casos em que a dívida é semelhante.De acordo com o BC, a mudança servirá como estímulo para os bancos ampliarem o limite de financiamento imobiliário. As novas regras não resultam em alteração para a Caixa Econômica, que concentra 70% do crédito imobiliário brasileiro. No fim de abril, o banco reduziu de 80% para 50% o teto de financiamento pelo Sistema Financeiro da Habitação.

28 de fevereiro de 2022

Quer comprar a casa própria? Então é hora de barganhar

Preços pararam de subir, mas crédito está mais caro e restrito: a saída é negociar com bancos, incorporadoras e proprietários e tentar engordar ao máximo a entrada do financiamentoO consumidor que está em busca da casa própria enfrenta uma situação inédita na história recente do País: os preços dos imóveis pararam de subir e, em algumas cidades, já há queda. Ao mesmo tempo, os bancos passaram a financiar uma parcela menor do valor do bem e subiram as taxas de juros.O cenário, portanto, é ao mesmo tempo interessante, do ponto de vista do negócio, e restritivo, pela lado do financiamento. Os especialistas em finanças pessoais são unânimes: o momento é de barganhar. Um bom e longo relacionamento com o banco deve ajudar o cliente a negociar juros menores. Já a desaceleração do setor e os estoques cada vez maiores ajudarão nos descontos com incorporadoras ou proprietários."O mercado está desaquecido, logo há menos pessoas querendo comprar. Se o consumidor já tem uma poupança para dar entrada, há condições melhores para ter poder de barganha", afirma Pedro de Seixas, professor de MBAs da FGV.O professor de finanças do Ibmec/RJ Nelson de Sousa reforça a tese e diz que quanto maior for a entrada, melhores são as chances de conseguir um negócio mais atraente. "Se você comprou um imóvel de R$ 500 mil e deu entrada de R$ 300 mil, você é um cliente com menos risco para o agente financeiro. Ou seja, já pagou muito e tem muito a perder se não honrar o financiamento. Então é possível negociar descontos", afirma.Uma pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), entre compradores do site de classificados Zap, mostra que já há uma tendência maior de barganha nos preços. Em março, o desconto médio informado sobre os negócios realizados nos últimos doze meses foi de 7,5%, ante uma média de 7% desde 2013.Além disso, o indicador de preços FipeZap aponta que, em 20 cidades brasileiras, o metro quadrado dos imóveis acumula alta de 1,08% nos primeiros quatro meses de 2015. Descontada a inflação, o preço médio registra uma queda de 3,47% no período.Cuidados. Créditos de longo prazo como o imobiliário, no entanto, exigem cálculo cuidadoso, porque o comprador vai carregar essa dívida por décadas. Quanto maior for o valor financiado, mais juros o consumidor vai pagar ao longo do tempo.Nesse esforço para abater a maior parte da dívida que for possível,  o consumidor pode até avaliar a venda de algum bem. Um veículo, por exemplo, pode ser vendido para compor o valor da entrada. "O consumidor deve levar em conta se o valor do automóvel é significativo em relação ao valor do imóvel", diz Sousa.O professor do Ibmec/RJ também ressalta que os bancos têm um limite na redução dos juros. "A taxa talvez não mude tanto, mas é possível conseguir mais facilidades no financiamento", diz.Escassez de crédito. O freio no financiamento imobiliário foi gerado pelos fortes saques da poupança, uma das principais fontes de recursos do setor. A Caixa Econômica Federal derrubou o limite dos financiamentos e subiu duas vezes os juros. O movimento de alta das taxas foi seguido pelo Banco do Brasil e pelas instituições financeiras privadas.

19 de dezembro de 2015

Como comprar um imóvel sem ter dinheiro guardado?

Dúvida da internauta: Eu e meu noivo temos 29 anos, pagamos aluguel e não temos nenhum dinheiro guardado. Pensamos em comprar um apartamento de 300 mil reais na planta, que será entregue após três anos. Durante esse tempo, pagaríamos 1.500 reais por mês para a construtora e, na entrega do apartamento, financiaríamos o valor restante. Outra opção é, durante três anos, depositar 1.500 reais por mês na poupança para dar como entrada em um financiamento. Qual é a melhor forma de adquirir o imóvel?Resposta de Marcelo Prata*Ambas as opções podem ser uma boa alternativa para a compra do imóvel, mas existem questões a serem consideradas em cada uma delas.Ao comprar o imóvel na planta, durante os 36 meses de obras, vocês pagariam algo em torno de 20% do valor total da unidade. Restaria, portanto, cerca de 240 mil reais para ser quitado na entrega da obra.O problema é que esse saldo devedor será corrigido pelo Índice Nacional de Custo da Construção do Mercado (INCC-M). Levando em conta o índice dos últimos 12 meses, esse saldo pode atingir 285 mil reais em três anos.Para financiar esse valor vocês ainda precisarão comprovar uma renda de 10 mil reais. O valor da primeira prestação, caso o financiamento seja pago durante 30 anos, será de cerca de 3 mil reais.Já a opção de aplicar mensalmente a quantia permite que vocês possam se organizar melhor sem assumirem um compromisso financeiro antes do casamento. Ao guardar 1,5 mil reais por mês, após três anos vocês terão cerca de 60 mil reais. Esse valor poderia ser utilizado para dar como entrada no financiamento de um imóvel, dependendo da renda de vocês.Se vocês forem disciplinados para realizar o depósito todo mês, é melhor depositar o dinheiro em uma aplicação financeira (veja qual seria o melhor investimento de renda fixa hoje). Caso não tenham disciplina para poupar, contratar um consórcio pode ser a melhor opção.No consórcio (veja quais são as vantagens e desvantagens da modalidade de crédito), um grupo de pessoas paga parcelas mensais para ratear o valor do imóvel. Com o dinheiro de cada membro do grupo, é possível ser contemplado com uma carta de crédito a qualquer momento e, dessa forma, obter os recursos necessários para a compra do bem.Ao contratar essa modalidade de crédito, vocês são obrigados a realizar os pagamentos mensalmente. Se não forem sorteados durante os próximos três anos, poderão utilizar recursos adicionais, como o saldo que eventualmente tenham no FGTS, por exemplo, para realizar um lance e obter a carta de crédito antes do prazo final do contrato. Além disso, os pagamentos são corrigidos ao longo do tempo, o que mantém o poder de compra de vocês até o momento em que forem contemplados com a carta de crédito.

19 de dezembro de 2015

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